Ontem, 29/07, os colaboradores e voluntários do Templo de Oração realizaram mais uma ação do Projeto Noite Solidária, ofertando café, café com leite e pão com recheio para os moradores da localidade Quingoma, localizada em Vida Nova, município de Lauro de Freitas/BA.
Depoimento de Renata Motta – Colaboradora:
“Hoje antes da prece para abrir o trabalho de doação, Maria falou:
– E é por que chove e faz frio que eles não comem?
Na verdade talvez por isso eles realmente não comam. A situação em que vivem os moradores de Quingoma em Vida Nova é tão precária que nem sei como sobrevivem. Veja lá num dia chuvoso e frio como o de hoje.
E se depender de nós, netos do Vovô Pedro, tudo acontece.
Com chuva, frio e muita lama nós fomos. Com a certeza de que pelo menos alimentamos a alma e o coração deles. Com oração e amor levamos um pouco de alimento para o corpo físico.
Muito gratificante poder ajudar a quem realmente precisa.
Fiquem com Deus e próxima terça levaremos mais amor e carinho.
Com fé em nosso Senhor Deus.
Obrigada Deus e ao nosso Vô Pedro.
Obrigada ao grupo de hoje. Maria e Edu, Catita, Pablito, Carlinha, Carol, Cacá e Cleide.
Hoje fomos nós. Na próxima nós e mais outros irmãos e aos poucos vamos ajudando e seguindo o propósito da Irmandade.”
Renata Motta
Confira algumas fotos
Conheça um pouco sobre Quingoma
Quingoma é uma antiga zona de engenho do recôncavo baiano, que está localizado a três km de Lauro de Freitas e possui aproximadamente 3.500 moradores que buscam o resgate de suas raízes, pois se reconhecem como remanescentes de quilombos, mas ainda não foram reconhecidos. Quingoma é uma etnia africana vinda em menor número para Bahia. Trabalhavam nas fazendas e engenhos da freguesia de Santo Amaro de Ipitanga (hoje Lauro de Freitas) como escravos na produção de cana de açúcar nos séculos XVIII e XIX.
Na comunidade são enfrentados problemas com moradia, transporte, saneamento, telefonia e água encanada. Segundo informações de alguns moradores, a agua encanada não chega todos os dias e por isso os moradores ainda recorrem a poços e carros pipa. O acesso ao bairro é muito complicado pois o transporte alternativo de vans deixa muito a desejar.






